Bom dia, pessoal.
Neste sábado (01/06) fomos visitar uma Cadeia . Uma parte da matéria foi gravada diretamente de dentro das celas, mas que vocês só verão nas próximas semanas.
Neste sábado (01/06) fomos visitar uma Cadeia . Uma parte da matéria foi gravada diretamente de dentro das celas, mas que vocês só verão nas próximas semanas.
Segundo o Escrivão, há diferença
entra cadeia, presídio e penitenciaria. Cadeia está especificando a parte
interior, onde as pessoas ficam presas e depois são soltas por alvará. A cadeia
fica anexa à delegacia civil. É também o lugar onde os detentos aguardam
julgamento e recebem visitas frequentes de parentes; no presídio as pessoas já
estão cumprindo a pena legal estabelecida. Possui também uma segurança maior,
não que as cadeias não tenham, mas é mais rígida; já na penitenciaria não
precisa necessariamente ter sido julgado. Porém também é onde os acusados
cumprem as penas legais. As três estão interligadas. Além disso todos presos tem direito a
advogados públicos.
Quando terminamos de gravar com
um dos presos dentro da cela e estávamos saindo dela, descobrimos que um
senhor, de aparentemente 50/60 anos havia matado suas quatro mulheres à
facadas, dentre elas uma de 38 anos.
Na cela feminina haviam três
mulheres, porém nenhuma delas quis gravar e sim apenas conversar conosco, então
o que vamos passar pra vocês é o que cada uma disse sobre si:
Daiane: Está presa a cinco meses por porte de 50
pedras de crack. Tem o marido também preso na mesma cadeia. A família abandonou-a
com duas crianças, pois não aceitavam o seu marido. Como não tinha condições de
cuidar de seus filhos sem o marido e seus familiares não ajudavam, e ela ainda
carregava um filho de oito meses na barriga (que morreu em sua barriga, por ela
não poder fazer um pré-natal adequado), acabou achando que se ela vendesse
drogas ajudaria a dar comida para seus filhos, porém prejudicou seus filhos e a
si mesma. Ela nos contou que sente saudade dos seus filhos e se arrepende
muito. Já foi ouvida pelo juiz e que possuí advogado público. Disse também que
ela não quer mais passar por isso nunca mais.
Roseli: Está presa a 11 meses por
assumir a culpa do filho menor de idade por tráfico. Ela é usuária de crack a
dez anos. Tem uma boa conduta mas ainda não foi ouvida, trabalha fora das celas
ajudando a limpar a cadeia, participa dos cultos da igreja. Ela disse que “faz
um pouco de tudo”. Arrepende-se demais. Era evangélica e abandonou tudo, foi
uma vítima das drogas e teve várias recaídas. Ainda nos contou que não está
triste por estar aqui, pois queria se livrar da situação em que ela vivia. Nos
contou que nem ela se aguentava. Agora ela toma remédios para controlar as
crises por abstinência. Ganhou uma casa do governo e já tem para onde ir quando
sair da cadeia. Quer te uma vida de cidadã normal e de cabeça erguida. Possui
advogada particular que já entrou com pedido de Habeas Corpus.
Priscila,
26: Usuária
de maconha, porém passou pelo crack. Foi pega com 315 gramas de maconha quando
seu marido fez um disparo com arma de fogo e os vizinhos chamaram a polícia.
Faz sete meses que ela está presa. Tem advogado público e já foi ouvida.
Os presos também colaboram na
cadeira fazendo enfeites e até objetos a partir de garrafas pets e recicláveis.
No natal de 2011, foram os detentos que fizeram os enfeites de natal da cidade. MATÉRIA COMPLETA NO "O
DIÁRIO.COM".
Ps.: Alguns nomes e dados estão
incompletos por questões sigilosas.
Agradecemos às pessoas que nos ajudaram: Investigador, Plantonista, Delegado Zoroastro. Esperamos que vocês tenham gostado, até a próxima.
Agradecemos às pessoas que nos ajudaram: Investigador, Plantonista, Delegado Zoroastro. Esperamos que vocês tenham gostado, até a próxima.
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